
Até entendo se alguém disser que estamos no mesmo oceano, mas no mesmo barco?
Tem gente de lancha de 30 pés, tem outros em transatlânticos, uma maioria em barcos a remo e muitos em barcos sem remo, tendo que remar na mão mesmo, além de outros que estão em pranchas, mais alguns em boias e muitos tendo que efetivamente ficar boiando para não afundar.
A pandemia atingiu alguns setores de forma mais severa do que em outros. O setor de eventos que o diga. Um grande tsunami se abateu sobre todos. Grandes, médios e pequenos.
Os que tinham reservas e até matrizes internacionais conseguiram passar estes momentos com dificuldades menores que os outros sem estas relativas vantagens, mas também com sofrimento.
Não será do dia para a noite que este oceano se acalmará. As ondas estão fortes, a maioria das embarcações frágeis e o fortalecimento virá com o tempo, para que possam manter as necessidades do presente, os investimentos do futuro e abrandar os pesadelos do passado.
Vários já naufragaram e não vão conseguir voltar à tona, mas os que estão ainda na superfície precisam ficar sintonizados que devem fazer o seu movimento com a máxima agilidade possível, pois ficar acreditando que “todos estão no mesmo barco” poderá significar que não adianta lutar e sim que deve esperar que os outros levantem para que chegue a sua vez de levantar, por osmose, através do movimento dos outros.
Isto não irá acontecer. Ou cuida da sua sobrevivência, sem olhar para o lado ou não verá mais ninguém, pois estará no fundo do mar.

José Roberto Sevieri, promotor de feiras, administrador de empresas, CEO da Proma Feiras e Vice-Presidente da ADVB – Associação Brasileira dos Dirigentes de Vendas do Brasil e Vice-Presidente da ANATEC – Associação Nacional das Empresas de Comunicação Segmentada.